
Vi o filme da Barbie e adorei o Ken. Sua jornada de consciência e maturidade foi muito divertida de ver – ainda vamos falar um bocado sobre esse filme por aqui, mas hoje quero escrever sobre o Ken, e também sobre o He-Man.
Eles são dois ícones da cultura pop que exemplificam estereótipos de masculinidade presentes em diferentes épocas.
Cada um carrega consigo significados e mensagens que refletiam e talvez ainda reflitam as expectativas sociais em torno do que é ser um homem.
Todo menino queria um He-Man e nenhum menino podia ter um Ken.
Vamos explorar esses dois personagens e como eles representam a vulnerabilidade do masculino?!
Não me joguem pedras e nem me cancelem. Vamos debater ideias?!
Bora lá!
O boneco Ken, conhecido por ser o parceiro/amigo/namorado da boneca Barbie, foi criado em 1961 e representa um padrão de beleza e masculinidade que, por muito tempo, foi tido como ideal.
Ele é retratado como um homem atlético, bonito e bem-sucedido, o que pode transmitir a ideia de que a masculinidade está intimamente ligada a características físicas e status social.
Contudo, o que muitas vezes é esquecido é que o Ken, sozinho, não tem grande relevância. Sua identidade e papel na cultura pop estão sempre associados à Barbie, como se fosse uma extensão dela – como se fosse não né?! Ele é uma extensão.
Por outro lado, o boneco He-Man, lançado em 1982, faz parte da franquia “Masters of the Universe” e representa uma versão muito diferente de masculinidade.
Ele é um herói musculoso com uma força sobre-humana, mas sua importância para os meninos não se limitava ao desejo de se tornar igual a ele – como acontecia (e ainda acontece) com a Barbie.
O He-Man era importante pelo imaginário que despertava nas crianças, transportando-as para um mundo de aventura e fantasia. Seu apelo estava na capacidade de enfrentar desafios e superar adversidades, transmitindo valores como coragem e justiça. Ao contrário do estereótipo estético do Ken, o He-Man encarnava a masculinidade heroica e representava a busca por um propósito maior – e sim, ainda falarei sobre a She-ra, mas não hoje.
Entretanto, tanto o Ken quanto o He-Man estão inseridos em contextos culturais que refletem visões estreitas de masculinidade. Eles são exemplos de como a sociedade frequentemente molda expectativas rígidas em relação aos homens, levando-os a reprimir suas emoções e a se comportar de acordo com padrões pré-estabelecidos.
Essa pressão social teve um impacto negativo na saúde mental dos homens, dificultando o reconhecimento e a expressão de suas vulnerabilidades, e sem reconhecer isso, nos tornamos o que nos tornamos – tóxicos.
É essencial repensar nossas referências de masculinidade, permitindo que os homens se sintam confortáveis em serem vulneráveis e expressarem suas emoções sem medo de julgamentos. A vulnerabilidade não é sinal de fraqueza, mas sim um aspecto fundamental da experiência humana, que permite a construção de relacionamentos mais profundos e autênticos.
A busca por modelos de masculinidade mais inclusivos e saudáveis é um desafio que requer a desconstrução de estereótipos.
É importante valorizar as características individuais de cada pessoa, independentemente do gênero, e encorajar uma cultura que promova a liberdade de expressão emocional.
Ken e o He-Man são símbolos de duas visões distintas de masculinidade, sendo o primeiro um exemplo de estereótipo estético e cotidiano e o segundo representando o imaginário e a coragem heroica.
Ambos nos ensinam sobre como as referências culturais influenciam a percepção de masculinidade, mas também nos convidam a refletir sobre a importância de repensar nossos padrões e promover uma masculinidade mais autêntica e vulnerável.
Psicoterapia é algo que todos nós precisamos e estou aqui para isso.
E não esqueça: Você é Incrível!
